Buscar

A COR NA ESCOLA:as palavras não substituem a experimentação

A cor está em tudo o que enxergamos. Ela está sempre presente em forma de pigmento ou de luz e é de fundamental importância na arte. Durante os estágios obrigatórios do curso de pedagogia da EFLCH-UNIFESP, percebemos que a cor é abordada da mesma maneira que era nos anos 90 (época em que eu era estudante do ensino fundamental I). Frente a isso, desenvolvemos uma pesquisa a fim de responder as seguintes questões: O modo de ensinar cor se repete em outras escolas? Qual é a origem dos conteúdos? Quem os produziu pela primeira vez? O que podemos fazer para romper com essas práticas e desvelar na cor o sentido mais aprofundado? Iniciamos a pesquisa selecionando 15 crianças de 07 a 10 anos, estudantes de escolas de diferentes regiões de Guarulhos. Após analisar as entrevistas, constatou-se que, de fato, o que aprendemos nos anos 90 continua sendo reproduzido hoje na escola. Há uma mesma sequência intitulada de cores primárias, secundárias, terciárias, cores quentes e frias, mas as crianças não sabem ao certo o que isso significa. Os mesmos preconceitos e estereótipos continuam sendo difundidos, reproduzidos e naturalizados, como a depreciação da cor preta e o uso de rosa por meninas e azul por meninos. Buscamos em estudiosos da cor, entender a origem desses conteúdos. Fizemos uma varredura histórica que passa por Aristóteles à teoria tricromática e apresenta as duas principais teorias que influenciam o ensino da cor até os dias atuais: Newton e Goethe. Por fim, buscamos algumas experiências de professores no âmbito da universidade, bem como no âmbito da oficina de arte, que rompem com estas práticas e mostram que é possível dar à cor sua devida importância, explorando suas inúmeras possibilidades através da experimentação.

Nenhum comentário:

Postar um comentário